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O
vegetarianismo é a tendência que mais cresce
no mundo desenvolvido. Eis algumas razões para
se adotar esse tipo de alimentação.
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ECOLOGIA
Os países em desenvolvimento –onde
milhões de pessoas passam fome– exportam
grãos aos países desenvolvidos para alimentar
os animais servidos nas mesas.
Se consumíssemos os grãos que cultivamos
em vez de dá-los aos animais, a escassez mundial
de alimentos desapareceria praticamente da noite para
o dia. Lembre-se que 100 acres produzem carne para 20
pessoas, mas trigo suficiente para alimentar 240.
Metade das florestas tropicais no mundo inteiro foi
substituída por pasto para gado de corte. As
queimadas são responsáveis por 20% dos
gases que provocam o efeito estufa. Todos os anos, cerca
de 1000 espécies são extintas devido à
destruição das florestas tropicais. Nos
Estados Unidos, 260 milhões de acres de florestas
foram cortados, cedendo espaço a lavouras destinadas
a alimentar o gado para que as pessoas possam comer
carne.
Milhões de toneladas de grãos são
destinadas, por ano, à nutrição
de animais –para que os ricos se alimentem de
carne enquanto 500 milhões de miseráveis
nos países pobres passam fome. A cada seis segundos,
uma pessoa morre de fome (60 milhões por ano)
porque a maioria da população mundial
não vive sem carne. Essas vidas poderiam ser
salvas se tivessem acesso aos grãos usados para
engordar o gado e outros animais –se os norte-americanos
diminuíssem em 10% o consumo de carne.
A quantidade de água potável também
está diminuindo por causa das fazendas de criação,
sem contar que os produtores de carne são os
maiores poluidores de água. Precisam de 2.500
galões de água para produzir 1 kg de carne.
Se a indústria de carne americana não
fosse sustentada pelo contribuinte, que paga uma grande
parcela do custo da água, a carne para hambúrguer
custaria 70 dólares por quilo.
ÉTICA
Diariamente,
milhares de animais são abatidos nos matadouros.
Muitos sangram até morrer. A dor é constante.
Somente nos Estados Unidos, 500.000 animais são
mortos por hora para abastecer o mercado de carne.
Milhões
de pintos machos recém-nascidos são mortos
diariamente porque não produzirão ovos.
Não existem regras fixas para essa destruição
em massa. Alguns pintinhos são esmagados, outros
sufocados até morrer. Muitos são usados
para fabricar fertilizantes ou alimentar outros animais.
Os
animais, cuja carne chega à sua mesa, morrem solitários,
aterrorizados, tristes e em sofrimento. A matança
é desumana, sem um mínimo de compaixão.
Alguns fazendeiros dão tranqüilizantes aos
animais para mantê-los calmos. Outros, ministram
antibióticos como medida rotineira para evitar
infecções. Ao se alimentar de carne, você
está ingerindo todos esses medicamentos. Nos Estados
Unidos, 55% de toda a produção de antibióticos
é destinada aos animais e o índice de infecções
causadas por estafilococos resistentes à penicilina
subiu de 13% em 1960 para 91% em 1988.
Os animais sofrem dor e medo como nós. Passam as
últimas horas de sua vida trancados em um caminhão,
encerrados com centenas de outros animais, igualmente
apavorados, e depois são empurrados para um corredor
da morte ensopado de sangue. Quem come carne sustenta
o modo como os animais são tratados.
Animais de 1 ano de idade costumam ser mais racionais
–e capazes de pensamento lógico– do
que bebês de seis semanas de idade. Porcos e ovelhas
são muito mais inteligentes do que criancinhas.
Comer esses animais é um ato bárbaro.
SAÚDE
Evitar
a carne é o melhor e mais simples método
de reduzir o consumo de gordura. Os animais criados
nas fazendas modernas engordam à força
para aumentar os lucros. Comendo carne gorda, você
aumenta suas chances de sofrer um ataque cardíaco
ou ter câncer. Todos os anos, registram-se milhões
de casos de envenenamento alimentar. A maioria é
provocada pelo consumo de carne.
A carne não contém absolutamente nada
–proteínas, vitaminas ou minerais–
que o corpo humano não possa obter de uma alimentação
vegetariana. A "carne" inclui também
o rabo, cabeça, patas, reto e espinha do animal.
Uma salsicha pode conter intestinos moídos. Quem
garante que os intestinos estejam vazios e limpos ao
serem moídos? Você tem coragem de comer
o conteúdo dos intestinos de um porco?
É muito mais fácil ficar (e continuar)
esbelto se você for vegetariano. ("Esbelto"
não quer dizer "raquítico" e
sim, sem excesso de peso!). Se você se alimenta
de carne, está ingerindo os hormônios dados
aos animais. Ninguém conhece os efeitos desses
hormônios sobre a saúde. Em certas partes
do mundo, um em cada quatro hambúrgueres contém
o hormônio do crescimento ministrado ao gado.
Consumidores de carne estão mais propensos às
seguintes enfermidades: anemia, apendicite, artrite,
câncer da mama, câncer do cólon,
câncer da próstata, prisão de ventre,
diabete, cálculos biliares, gota, pressão
alta, indigestão, obesidade, hemorróidas,
enfartos e varizes. O índice de pessoas hospitalizadas
que são vegetarianas a vida toda é 22%
menor do que o das que se alimentam de carne –e
o período de internação também
é menor. O nível de colesterol dos vegetarianos
é 20% mais baixo e isto reduz consideravelmente
a incidência de enfartos e o risco de câncer.
Os vegetarianos estão mais em forma do que consumidores
de carne. Muitos dos maiores atletas do mundo são
vegetarianos.
Para ter certeza que o organismo recebe as vitaminas
e os minerais de que precisa: Coma refeições
variadas que incluam frutas frescas, hortaliças,
grãos germinados e produtos integrais –boas
fontes de vitaminas e minerais (e de fibras!).
As vitaminas são facilmente destruídas
pelo calor. Portanto, procure comer alimentos crus sempre
que possível. Ao cozinhar hortaliças,
use o mínimo de água necessário
(para evitar a perda das vitaminas B e C, solúveis
na água). Não deixe cozinhar muito tempo.
Não mantenha os alimentos aquecidos nem os requente
–isso também elimina as vitaminas.
A maioria das vitaminas se aloja logo abaixo da casca
de frutas e legumes. Portanto, é melhor comê-los
com casca. Coma bastante nozes e sementes –contêm
diversas vitaminas e sais minerais e são muito
nutritivas.
Livre-se das panelas de alumínio (o alumínio
é um veneno que pode prejudicar o cérebro)
e use utensílios de ferro, que adicionam boa
quantidade desse mineral aos alimentos cozidos.
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Fonte: Adaptado do livro Food
for Thought, do Dr. Vernon Coleman, editor da revista
"Vernon Coleman's Health Letter" Colaboração
TAPS Marly Winckler (Florianópolis - Brasil
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